tudo existe com finalidade. e ter fim por si só é a melhor característica de tudo que existe. acreditar em infinito, em eterno, em perfeição, em felicidade, é a forma lúdica de não aceitarmos o fim. somos Latentes em delírio. fulminantes no que diz respeito a crer. e somos vivos. e estamos vivos. e crer ou não, trará fim. crer em qualquer coisa, seja viva ou infinita, só confirma o fato de sermos pouco. pouco e próximo sempre de fim. tudo, com sua finalidade não desvia a lógica natural. há não ser o homem. vamos então acreditar em fim. e invento-lhes o deus Fim. em sua mitologia, nada do universo é infinito. o próprio Fim vive em constante oscilação, existindo a partir da falta de existência. formando novos fins, mais finalidades que não serão eternas. Fim, como deus que é, não vaidoso, permite uma linha tênue para que cada um decida o que fazer no intervalo mais intrigante de toda a existência: o momento suspenso. só entendemos vida porque temos memória e acreditamos que o tempo, maior ilusão que vivemos, é o suficiente pra definir trajetória. é nesse momento suspenso, parte insignificante do todo, que acreditamos, cremos, imaginamos e alucinamos em busca de objetivos que fogem da natureza do deus Fim. e é nessa ilusão que construímos vida, que formamos histórias, que construímos humanidade, que fixamos vida em um espaço abstrato do todo, que esperamos sempre, que nunca estamos dispostos a acreditar que não existimos, que não estamos apenas cultuando fim, sem entender onde iremos parar. aliás, até sabemos, já que tudo não passa de fim.
e fim, é sempre um começo constante. nem de vida e nem de morte. é só a prova da existência de um momento suspenso.
2 comentários:
ainda mais suspenso!
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