3 de novembro de 2009

amor.

entendi. não o que é, mas o que faço com ele. acho que não vivo, tento entender. faço de mim um laboratório interminável de sensações. e protejo de mim. do mal que faço a mim mesmo. e que sei cuidar das dores do amor, dos outros. e que consigo ajudar alguém a amar e acreditar em amor. mas não consigo viver... entendi que amor é quando falta ar, quando a gente cai mesmo sendo inteiro. mesmo quando não falta metade, mesmo quando se está completo; nem que seja de si mesmo. não sou inteiro, apenas pedaços. porque destruo querendo consertar. tentando fazer melhor alguém que já é o necessário. eu penso amor, não sinto. e sentindo penso, como amar direito. e entendi que não há formas de amar certo. há amor, e ele dentro de pessoas. não sofro, apenas não sei vivê-lo direito. não do jeito que esperam de mim.

sou somente isso.
metade de algo que não se completa.
completo de algo que não tem metade.