20 de abril de 2008

o mundo.

existem. várias de se dizer a mesmo coisa. e de se enxergar algo, de se entender. procuro a fórmula ou forma. nos encontros e desencontros encontro pessoas que abandonaram o que eram pela pressão do mundo. pessoas que acreditavam em bem, que desejavam o bem e que dizem ter aprendido que "com o mundo não se pode lutar", que não se deve ser "certo". fora a falta de informação e a unilateralidade que na maioria dos casos amplia os problemas entre pessoas, existe a vontade, esta que não entendo por completo ainda, que é de "sair-se melhor na situação". confesso: não sou melhor que qualquer um, mas certas coisas não consigo compreender. sentimentos como orgulho. tenho, mas evito. e percebo que grande parte de várias situações desagradáveis são geradas pelo mesmo. existe uma necessidade quase animal de não perder, de estar certo, de convencer, de não sofrer. como procuro sempre o mais íntimo motivo dos problemas, acredito que o medo de sofrer tem criado proporções que nos levam a inventar novas formas de defesa. e o tal pecado perdeu sentido na ação voluntária e se transformou em atitute defensiva, em transferência de responsabilidade. tudo bem, não pretendo ser escritor de livros de auto-ajuda, mas gostaria de entender como, mesmo evoluindo, conseguimos chegar a este ponto.
sim, o ser humano é frágil e volátil.
sim, mudanças requerem novos comportamentos.
sim, não parariam para mudar.
sim, vou continuar sem entender.
não, não sou obrigado a aceitar.

9 de abril de 2008

fala quem quer sobre o querer falar

nem sempre. silêncio também é opção. casos, não nego, falar ainda é opção. democracia linguística, sentimental, viceral, interna, circulante e seus outros gêneros. há formas de se calar, e melhores de se dizer algo em silêncio. há também silêncio mudo, que muta, transforma mesmo sem mensagem. há mensagem que mesmo dita não silencia. e há silêncios que omitidos incomodam. o som, mesmo quando cessa, não deixa de reverberar. não são ecos. é resquício do que se começou sem imaginar fim. é um cuidado que não se propicia. é um propício que sempre acontece.

e no final não interessa o dito. nem o silêncio.
é mais confortável permanecermos surdos.
porque mudos, todos somos.