11 de novembro de 2010

infames

mesmo que infantil acreditar em promessas, infames todas são. desconstruir-se é um modelo de ser incrivelmente inconstante. é necessário por vezes entender que nada mudará sem colaboração de um destino autodidata, das coincidências performáticas e dos acasos infames. que família interessante a que comanda nossos vieses. há tempos não tracejava linhas sobre futuro. permiti que o presente se fizesse entendido, e claro, esperado em qualquer texto, que o passado nem apareça. e então vivemos de metade, de fim, sem meios para se chegar onde nem se procura chegar. há, sei que existe, algo que chama cada um à um penhasco pessoal. não para que nos joguemos, mas que vejamos uma paisagem de nossas realidades. que percebamos o que existe de horizonte e que se, em alguma hipótese quisermos, existe ainda um penhasco logo a frente. se souber voar tente. se tens medo, então apenas aprecie a paisagem. mesmo que lúdica, metade de você está alí. a outra, se reserva a observá-la.

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