19 de setembro de 2008

hoje

sinto uma angustia todo dia. parafrasear não seria correto, então defino entrelinhas. falo do que flameja em mim. é como uma camada elástica grudada na pele e que com o tempo vai sendo puxada, fazendo-se menos em você, mas pressionando o que sobra com um peso maior ainda da ausência. objetivos com essa sensação tenho vários. inclusive o de pretensiosamente explicá-la. é falta sem ausência. uma metáfora da saudade. um sinônimo de frio. um substantivo de uma oração sem sujeito, que prejudicado pelo adjetivo se reconstroi em vírgulas. há sempre algo mais, e mais nada ao mesmo tempo. é vazão pro lúdico da ausência, da fantasia de existir algo inatingível. sempre descrevo frivolidades pra Realidade. ela, por si só, ausente na ausência, trava guerra com essa sensação. são idas e voltas num rodopio sem fim. repetitivo que se esvai na ausência.

e ausência é a única coisa que tenho presente.

3 comentários:

Vivian Maria disse...

"ausência é a única coisa que tenho presente"

adorei isso!
digo e repito que quero escrever como você quando eu crescer!

Te amo!!

Haroldo S. disse...

ei baitola,

deixa eu dar uma de chato;
se possível apague o comentário pós-leitura.

pretensiosamente é s
e
vazão com z

hehehe

eu to me sentindo o cara mais alisson de todos os tempos..hehe

Neta. Evenice Neta disse...

começo como Vívian:
"ausência é a única coisa que tenho presente".
mas é mentira.
sou feita mais de memórias do que de presenças-realidades.
mas minha memória precisar ser alimentada...
a saudade está por demais satisfeita.
a vontade da presença está faminta.
e a fome é feroz!


que seja por aqui ou em qualquer
lugar. não deixe uma pessoa morrer de fome. tá?
=p

sau.da.de. [chega me engasgo].